O que é um tumor da glândula hipófise ou adenoma hipofisário?
Adenomas hipofisários representam cerca de 10% de todas as neoplasias (tumores) intracranianas. Estes tumores originam-se da porção mais anterior (adenohipófise) da glândula hipófise e têm comportamento benigno em sua vasta maioria.
Adenomas constituem a principal causa de lesões expansivas da sela túrcica, principalmente a partir da terceira década de vida.
Adenomas da hipófise são todos iguais?
De forma geral, os adenomas são classificados pelo seu tamanho e pelo tipo de célula que origina o tumor. Lesões menores que 1 cm são classificadas como microadenomas e lesões maiores que 1 cm são denominadas como macroadenomas. Os adenomas podem surgir de qualquer tipo de célula da hipófise anterior (adenohipófise) e podem resultar em aumento da produção do(s) hormônio(s) produzido(s) por essa célula e/ou diminuição da secreção de outros hormônios devido ao efeito compressivo do tumor sobre os outros tipos celulares. Os adenomas que produzem hormônios são, portanto, chamados de adenomas secretores ou funcionais.
É importante notar também que boa parte dos adenomas hipofisários, não provocam aumento na produção e secreção de hormônios. Por isso, são chamados de adenomas não secretores ou não funcionais.
Vamos juntos avaliar o seu caso e encontrar o tratamento adequado para você
Dr. Baltazar Leão é neurocirurgião, especialista em tumores cerebrais e doenças cerebrovasculares. Possui Doutorado em Cirurgia pela UFMG e é Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG.
+ 15 anos de experiência
+ 2.500 cirurgias realizadas
+ 700 pacientes atendidos /ano
Quando suspeitar de um tumor na glândula hipófise?
Por terem sua localização dentro de crânio muito próxima das vias ópticas (relacionadas à visão), é comum estes tumores, à medida que crescem, comprimirem estas estruturas e causarem perda progressiva do campo de visão. Principalmente o campo visual mais periférico. Este pode ser um dos sinais ou sintomas provocados por tumores hipofisários.
Entretanto, outras formas de apresentação clínica são comumente notadas. E, de forma geral, os adenomas hipofisários são habitualmente diagnosticados em três contextos diferentes:
1 – Na presença de sintomas neurológicos, como perda progressiva de campo visual, visão dupla e até mesmo dor de cabeça;
2 – Quando há evidentes alterações hormonais, como ciclos menstruais muito irregulares ou até mesmo parada da menstruação nas mulheres, descarga de leite pelas mamas fora de período de amamentação, disfunção erétil em homens, acromegalia (crescimento exagerado de extremidades como dedos, orelhas e nariz). Além de uma série de outras alterações dos hormônios controlados pela glândula hipófise, como na doença de Cushing, por exemplo;
3 – Parcela significante dos adenomas hipofisários são diagnosticadas fortuitamente (por acaso) durante a realização de um exame de imagem do cérebro, solicitado por algum outro motivo qualquer (ressonância magnética ou tomografia).
Frente a suspeita diagnóstica de um tumor da região da hipófise é recomendável procurar por auxílio médico especializado – Endocrinologista e Neurocirurgião.
Estes profissionais, após uma avaliação clínica, poderão solicitar a dosagem no sangue de todos os principais hormônios controlados pela glândula hipófise. Igualmente importante é a realização de um exame de campimetria visual, seguida de avaliação oftalmológica para estabelecer se há déficit de campo visual e quantificar este déficit, principalmente nos casos de macroadenomas (tumores maiores que 1cm).
Uma ressonância magnética de sela túrcica também deverá ser realizada para estabelecer a presença do tumor, suas dimensões, relações anatômicas com estruturas importantes dentro do crânio como: nervos ópticos, artérias carótidas, haste hipofisária.
Após o diagnóstico de um adenoma hipofisário, a definição de uma estratégia de tratamento dependerá de uma série de características do subtipo de tumor e das condições individuais de cada paciente.
De forma geral, tumores que não produzem hormônios (não secretores) de dimensões pequenas e que, portanto, não provocam sintomas visuais, poderão ser acompanhados por meio de ressonâncias magnéticas seriadas. Nestes casos, não há necessidade de cirurgia ou medicação inicialmente. No entanto, caso seja documento aumento progressivo do tumor ou o paciente desenvolva sintomas visuais, a cirurgia para retirada do tumor deverá ser considerada.
Nos casos de tumores produtores de hormônios (adenomas secretores) será necessário determinar inicialmente o tipo de hormônio produzido pelo tumor. Nos tumores produtores do hormônio prolactina (prolactinomas), o tratamento inicial é quase sempre medicamentoso. E este tratamento atinge ótimas taxas de controle do tumor sem necessidade de cirurgia. Nos prolactinomas, a cirurgia fica reservada para os casos em que a medicação não proporciona controle satisfatório da doença, quando o paciente não tolera o uso da medicação e em raros casos de emergência por sangramento agudo do tumor.
Nos demais tumores produtores de hormônios, o tratamento inicial tende a ser a abordagem cirúrgica, independente do tamanho do tumor. É o que acontece por exemplo na Doença de Cushing – adenoma hipofisário produtor de ACTH. Nestes casos, a cirurgia realizada mais precocemente aumenta as chances de controle químico do tumor, ou seja, reduzir as taxas sanguíneas de hormônios para valores normais.
Deve-se ter em mente que cada paciente apresenta condições próprias e, por isso, deve ter seu caso analisado de forma individual a fim de definirmos um plano de tratamento mais adequado. Uma boa comunicação entre paciente, familiares, médico neurocirurgião e endocrinologista é fundamental para o sucesso do tratamento.
Atualmente, a maioria dos tumores hipofisários são operados por uma via endonasal (por dentro do nariz) e utilizado endoscópios. Isso se dá em virtude da posição da glândula hipófise dentro do crânio, a qual facilita a cirurgia endonasal. Estas cirurgias são realizadas sob anestesia geral e envolvem duas equipes de cirurgiões no mesmo procedimento: otorrinolaringologista e neurocirurgião. Otorrinolaringologista é responsável por criar a via de acesso por dentro do nariz, preservando a funcionalidade da cavidade nasal, até atingir a base do crânio (seio esfenóide). Neurocirurgião é responsável por fazer a abertura final da base do crânio e, em seguida, retirar o tumor.
Em casos de tumores maiores e com extensão para múltiplos compartimentos dentro do crânio, uma craniotomia seguida por microcirurgia pode ser a melhor escolha para o tratamento cirúrgico. Nesta modalidade cirúrgica é necessário fazer uma pequena abertura no crânio e por meio do uso do microscópio cirúrgico o tumor é abordado.
Independente da modalidade cirúrgica, o objetivo da cirurgia é a ressecção máxima possível com segurança. Ou seja, objetiva-se a retirada completa do tumor sempre que possível.
Novamente é importante ressaltar que cada paciente tem características próprias. E, por isso, as propostas de tratamento podem variar entre pacientes. Procure o seu neurocirurgião, tire todas as suas dúvidas. O envolvimento do paciente e familiares no tratamento somente traz benefícios.
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A importância de uma equipe experiente e multidisciplinar
Por tudo exposto, é possível perceber que o glioblastoma é um problema de saúde sério. E, seu tratamento depende da boa interação de uma série de profissionais com diferentes especializações. Desta forma, faz sentido procurar por profissionais habituados com o tratamento de pacientes com doenças oncológicas. Além disso, a participação de familiares nas consultas médicas e nas tomadas de decisão torna o tratamento mais assertivo e com maiores chances de sucesso.
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