O que é um Glioma?
Os gliomas são responsáveis pela grande maioria dos tumores primários que surgem no interior do sistema nervoso central (SNC). O termo “glioma”, portanto, refere-se a tumores que têm origem nas células gliais normais do sistema nervoso central (exemplos de células gliais: astrócitos, oligodendrócitos e células ependimárias). Cada um desses tipos de células pode dar origem a tumores (neoplasias) como graus variáveis de agressividade biológica.
Historicamente, as lesões de crescimento mais lento, correspondentes aos gliomas de graus 1 e 2 da Organização Mundial da Saúde (OMS), têm sido comumente chamadas de “gliomas de baixo grau”, enquanto os tumores de progressão mais rápida são chamados de “gliomas de alto grau” (graus 3 e 4).
No entanto, a própria OMS recomenda evitar esses termos (alto grau e baixo grau), uma vez que agrupam grupos heterogêneos de tumores, muitos dos quais têm propriedades biológicas, prognósticos e abordagens de tratamento significativamente diferentes.
Nos últimos anos muitas pesquisas têm sido publicadas a respeito dos gliomas. E, com isso, novas informações têm ajudado médicos e pacientes no melhor entendimento e classificação desses tumores. Desta forma, a classificação mais atual dos gliomas tornou-se mais complexa, porém mais acurada. Esta classificação atualmente envolve o estudo de características tanto histológicas (celulares) quanto moleculares e genéticas dos tumores (como por exemplo: presença de mutação do gene da enzima isocitrato desidrogenase (IDH), presença de deleção cromossômica 1p19q, além de outras.)
É importante entender que o termo “glioma” refere-se a um grupo muito extenso e heterogêneo de tumores do encéfalo ou da medula espinhal. E inclui tumores com comportamento biológico menos agressivo até tumores muito malignos como o próprio glioblastoma multiforme. O tratamento dependerá, portanto, de características próprias de cada paciente assim como do seu subtipo de glioma.
Vamos juntos avaliar o seu caso e encontrar o tratamento adequado para você
Dr. Baltazar Leão é neurocirurgião, especialista em tumores cerebrais e doenças cerebrovasculares. Possui Doutorado em Cirurgia pela UFMG e é Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG.
+ 15 anos de experiência
+ 2.500 cirurgias realizadas
+ 700 pacientes atendidos /ano
Quais são os sintomas habitualmente provocados por um Glioma?
É muito importante destacar que a maioria dos sintomas relacionados aos “gliomas” são inespecíficos. Ou seja, outras condições neurológicas, e até mesmo não neurológicas, podem provocar sintomas similares. Por isso, é recomendável, ao perceber a presença de um ou mais sintomas procurar por ajuda médica especializada.
De forma geral, sintomas relacionados a neoplasias do sistema nervoso central podem incluir:
– Dores de cabeça. Estas podem piorar durante a noite e até mesmo fazer o paciente despertar com dor durante o sono. Alguns pacientes também podem referir uma dor de cabeça nova (que não existia) e que tem piorado progressivamente ao longo do tempo tanto em frequência quanto em intensidade.
– Epilepsia (convulsões). O surgimento repentino de uma síndrome epiléptica (ou convulsão) principalmente em um paciente sem histórico prévio de doença neurológica deve sempre levantar a suspeita de uma lesão no sistema nervoso central.
– Alterações na visão, como visão dupla ou perda progressiva de visão. Surgimento destes sintomas sempre chamam muito a atenção do paciente e do médico. Estes tipos de alterações visuais podem estar relacionadas ao surgimento de lesões expansivas intracranianas e deve ser investigado.
– Problemas ou dificuldades da fala e linguagem. Alterações na articulação das sílabas de palavras diferentes, voz progressivamente mais rouca e fraca, dificuldade de encontrar e pronunciar as palavras corretas são sintomas possíveis de ocorrer em pacientes com lesões no sistema nervoso central.
– Problemas de memória principalmente associados a mudanças de comportamento e personalidade. Estes sintomas são mais facilmente notados por familiares e amigos do paciente. Devem motivar investigação quando progressivos e recorrentes.
Deve-se tentar observar o tempo de início, assim como a evolução dos sintomas. Outra observação importante é quanto a possibilidade destes sintomas surgirem de forma combinada, ou seja, mais de um sintoma pode ocorrer simultaneamente.
Após uma consulta com seu médico de confiança, alguns exames poderão ser solicitados para auxiliar na elucidação do diagnóstico. Dentre os possíveis exames, uma ressonância magnética poderá ser considerada a depender de cada caso. Somente após a avaliação do paciente, o médico poderá decidir qual o exame mais adequado para determinada situação.
O tratamento do paciente com “glioma” vai depender, como já vimos, do subtipo de tumor em questão, além de características individuais próprias de cada paciente. Logo, o plano de tratamento deverá ser decidido em consulta médica, com a participação do neurocirurgião, do paciente e de sua família.
Habitualmente, o plano de tratamento envolverá a realização de cirurgia podendo esta ser seguida de uma combinação de radioterapia e quimioterapia. Em alguns casos a radioterapia e a quimioterapia poderão não ser necessárias inicialmente.
– Cirurgia. Durante a cirurgia o neurocirurgião objetiva retirar o máximo possível de células tumorais enquanto preserva as funções neurológicas do paciente. Estes procedimentos costumam ser delicados e, de certa forma, demorados. O avanço das técnicas microcirúrgicas e o grande aparato tecnológico disponível aumentou significativamente tanto a segurança quanto a efetividade de nossas cirurgias na atualidade. Alguns tumores do cérebro e da medula podem até mesmo serem curados por meio da cirurgia, como é o caso, por exemplo, dos astrocitomas pilocíticos. Em algumas situações o paciente pode terminar a cirurgia com alguma piora de um sintoma pré-existente ou até mesmo com um novo sintoma neurológico, tal fato depende da localização específica do tumor assim como das suas dimensões. Em tais situações os novos sintomas tendem a melhorar dentro de dias e semanas. É importante destacar que o tratamento neurocirúrgico é reconhecido, em toda literatura médica especializada, como o pilar principal do tratamento dos tumores do cérebro e da coluna. Converse muito com seu médico sobre a sua cirurgia e tire todas as suas dúvidas.
– Radioterapia. Existem diferentes formas de radioterapia para os tumores do sistema nervoso central. E, de forma geral, este tratamento é bem tolerado pelos pacientes. O objetivo principal da radioterapia é diminuir as chances de recidiva do tumor que foi operado. Em casos específicos, quanto a cirurgia não é possível, a radioterapia também pode ser empregada visando reduzir a velocidade de progressão do tumor.
– Quimioterapia. Quimioterapia é um termo geral utilizado para representar o uso de medicamentos no tratamento de tumores. Existem diferentes formas de quimioterapia e, portanto, diferentes tipos de medicamentos que podem ser utilizados no tratamento de tumores neurológicos. O objetivo da quimioterapia é similar ao da radioterapia. Ou seja, exterminar alguma célula de tumor remanescente após a cirurgia ou mesmo reduzir a velocidade de crescimento destas células. A indicação assim como a escolha do melhor plano de tratamento quimioterápico dependerá do tipo de tumor em questão assim como de uma avaliação em conjunto do médico neurocirurgião e do oncologista envolvidos no tratamento.
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A importância de uma equipe experiente e multidisciplinar
Por tudo exposto, é possível perceber que o glioblastoma é um problema de saúde sério. E, seu tratamento depende da boa interação de uma série de profissionais com diferentes especializações. Desta forma, faz sentido procurar por profissionais habituados com o tratamento de pacientes com doenças oncológicas. Além disso, a participação de familiares nas consultas médicas e nas tomadas de decisão torna o tratamento mais assertivo e com maiores chances de sucesso.
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