Neurocirurgia

Oncológica

O que é Neurocirurgia Oncológica ?

Neurocirurgia Oncológica ou neuro-oncologia cirúrgica é o segmento da neurocirurgia responsável pelo estudo e tratamento cirúrgico dos tumores do cérebro e da medula espinhal.

Qual o papel da Neurocirurgia no tratamento dos tumores do cérebro e da medula?

A cirurgia neurológica, por meio da Neurocirurgia Oncológica, tem papel central no tratamento das neoplasias cerebrais. Somente por meio da neurocirurgia é que conseguimos retirar completamente ou mesmo reduzir o tamanho de um tumor cerebral. Outro grande benefício da neurocirurgia dos tumores cerebrais e da medula,  é o fato de a cirurgia possibilitar a coleta de fragmentos do tumor (biópsia) para análise histopatológica e, desta forma, estabelecer um diagnóstico preciso do tipo celular específico do tumor em questão. Somente após a análise histopatológica feita por médico patologista é possível definir com mais clareza se o tumor é de comportamento maligno ou mais benigno. 

Dr. Baltazar Leão

Neurocirurgião especialista em Neurocirurgia Oncológica

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Técnicas cirúrgicas avançadas

É importante destacar que, apesar de os tumores cerebrais ou da medula espinhal serem um problema de saúde extremamente sério e preocupante, o tratamento destas lesões tem evoluído significativamente nos últimos anos. Muitos destes avanços estão relacionados ao aperfeiçoamento de técnicas cirúrgicas, novas tecnologias e até medicações utilizadas durante a cirurgia. 

O principal objetivo da neurocirurgia deve ser a retirada máxima do tumor com segurança, ou seja, preservando as funções neurológicas do paciente. Para isso o neurocirurgião usa de tecnologias e equipamentos modernos que auxiliam na cirurgia como: 

– microscópio cirúrgico com diferentes fontes de iluminação e filtros de luz específicos
– neuronavegador
– monitorização neurofisiológica 
– endoscópios
– além de técnicas microcirúrgicas e do conhecimento de neuroanatomia aplicada à cirurgia.

No corpo humano, todas as células que integram os mais diversos órgãos têm uma velocidade de crescimento (replicação) pré-estabelecida. Alguns órgãos demandam mais replicação celular, outros menos. O controle da velocidade de replicação celular é dado pelo material genético (DNA) da própria célula. Assim, quando ocorre algum dano nos mecanismos de controle de replicação nas células de um determinado órgão, estas passam a se multiplicarem a uma velocidade muito acima do previamente programado e neste momento surgem os tumores (ou neoplasias).

Desta forma, um tumor cerebral ou da medula espinhal pode ser entendido como o resultado da multiplicação acelerada e inadvertida de células que compõem o cérebro ou a medula. De forma geral, quanto maior a taxa de replicação celular de um tumor, mais maligno será este tumor. 

É possível entender, portanto, que tumores cerebrais ocorrem na “massa” cerebral propriamente dita e podem ter um comportamento maligno ou mais benigno. Entre os tumores cerebrais mais malignos podemos citar o glioblastoma multiforme, astrocitomas anaplásicos, gliomas de tronco cerebral (principalmente da ponte), além de outros gliomas de alto grau (anaplásicos). 

Devemos entender que cada paciente deve ter um plano terapêutico individual, de acordo com suas particularidades e das características do tumor em tratamento. Habitualmente, o planejamento terapêutico é desenvolvido após avaliação durante a consulta com o médico neurocirurgião.

Após a cirurgia, e de posse dos resultados de anatomia-patológica (biópsia) dá-se seguimento ao plano terapêutico, baseado nestes resultados. 

Portanto, quanto mais detalhadamente estudado cada caso, mais informações teremos para tomar decisões no futuro. Neste momento, uma boa comunicação entre Neurocirurgião e Oncologista facilita muito a tomada de decisão. 

De forma geral, em alguns tumores benignos a cirurgia pode até mesmo ser curativa em algumas situações. 

Nos casos de tumores malignos (alto grau), a cirurgia é quase sempre seguida de radioterapia e quimioterapia. Já nos tumores considerados “benignos” (baixo grau), a cirurgia pode ou não ser seguida de rádio e/ou quimioterapia.

Existem também tumores que podem ocorrer dentro do parênquima encefálico (“massa cerebral”) mas que tiveram origem em outros órgãos do corpo humano. Ou seja, uma célula de um câncer de pulmão, por exemplo, entra na circulação sanguínea e por meio dela, atinge o cérebro humano. Esta célula, originária de câncer de pulmão, pode então desenvolver um tumor secundário dentro do cérebro. Estes tumores, são chamados de metástases cerebrais e podem ter sua origem em diversos órgãos de nosso corpo.

O tratamento das metástases cerebrais dependerá de uma série de fatores que deverão ser avaliados pelo neurocirurgião, pelo oncologista e pelo radioterapeuta. 

- Tratamentos -

A importância de uma equipe experiente e multidisciplinar

O trabalho em conjunto de profissionais de diferentes áreas é outra característica da neuro-oncologia. Assim, o plano terapêutico é decidido em conjunto com paciente e necessita de uma boa comunicação e interação entre profissionais de diferentes especialidades como: neurocirurgia, oncologia, radioterapia e patologia.

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